“Take risks in your life if you win,
you can lead!
If you lose, you can guide!”
[Swami Vivekananda, Raja-Yoga]
Semana 18
Esta semana conquistei uma pequena-grande medalha: atravessei uma ponte a pé sem ter medo de o fazer.
Quem me conhece sabe o pânico que tenho a pontes não-muradas. Sobretudo se as atravessar a pé. Mas não esta semana. Vesti o casaco da coragem, calcei os sapatos do verbo arriscar e lá fui eu à aventura do atravessamento de uma ponte não-murada num dia de vento. A etapa foi concluÃda com sucesso e permitiu-me despertar para outros medos que possuo e que terei de enfrentar o quanto antes.
Semana 18
Quando decidi entrar nesta aventura a 365 rotações, estava longe de imaginar que iria divertir-me tanto a fotografar o meu-dia-a-dia. Dos quatro projectos que criei ao mesmo tempo, aquele que mais dor de cabeça me tem dado é este em que falo mais abertamente sobre mim. E não. Não é por falta de temáticas lançadas semanalmente (essas estão bem delineadas). É mesmo por estar em frente à câmara e não atrás dela. É pelo facto de ser tÃmida e de achar-me pouco fotogénica.
Quebrei mais a barreira da timidez a partir da 4ª. semana deste desafio. Nas semanas anteriores os planos eram feitos praticamente no próprio dia, pesquisava muito sobre fotografia de retrato, entrava em competição interior por considerar que as fotos que encontrava eram sempre melhores do que aquelas que eu iria algum dia tirar.
Até que comecei, pouco a pouco, a perceber que
a única pessoa com quem eu devo competir é comigo mesma,
que nada me impede de continuar a buscar inspiração noutros artistas, mas que a ideia tem de partir de mim,
que tenho de ter confiança no meu talento e na minha capacidade de inovar, e ser criativa, de querer ser melhor do que já sou, que o amanhã que quero ser é a continuação do ontem que fui e do hoje que sou, sendo a melhor versão possÃvel de mim mesma. De mais ninguém.
E esta é a minha meta: ser uma melhor versão de mim mesma, competindo saudável e exclusivamente com o meu eu interior. =)
Grata pelas lições aprendidas este ano e que são um reforço constante e contÃnuo apreendido ao longo dos anos anteriores.
Vou firmando pequenos compromissos comigo mesma:
- de manter-me saudável e manter a mudança;
- de celebrar todos os dias a maior riqueza que tenho na vida: tempo.;
- de ser grata por lutar com pulso o que mais prezo sentir no lado de dentro: serenidade.;
- de procurar manter o bom senso nas situações mais difÃceis e aceitar que muitas vezes vou falhar.
- de ser mais seletiva e aprender a ser feliz com menos;
- de deixar de fazer planos a longo prazo e viver mais o momento;
- de repensar os meus dias e fazer a mesma pergunta em todos: o que posso decidir hoje para ser feliz?
- de manter-me saudável e manter a mudança;
- de celebrar todos os dias a maior riqueza que tenho na vida: tempo.;
- de ser grata por lutar com pulso o que mais prezo sentir no lado de dentro: serenidade.;
- de procurar manter o bom senso nas situações mais difÃceis e aceitar que muitas vezes vou falhar.
- de ser mais seletiva e aprender a ser feliz com menos;
- de deixar de fazer planos a longo prazo e viver mais o momento;
- de repensar os meus dias e fazer a mesma pergunta em todos: o que posso decidir hoje para ser feliz?
Repito muitas vezes que não basta estar e ser, é preciso abrir os olhos e ver o que importa. Fazer silêncio dentro de mim e reparar. Conjugar a gratidão como quem conjuga o verbo que melhor me define. Repito muitas vezes que nem sempre posso mudar a minha realidade. Mas posso, sempre, modificar a forma como a vejo. Posso, sempre, escolher o filtro positivo, a lente otimista, a visão feliz. Porque o mais bonito da vida está sempre mais perto do que parece. E o mais difÃcil (que considero ser o mais fácil) é abrir os olhos e ver.
Ler nas entrelinhas da vida os porquês daquilo que sou: daquele gesto sempre adiado; aquele erro que insisto em repetir; aquele impulso que não consigo conter. E, olhando para dentro, atenta ao que a vida ensina, cresço, se estiver disponÃvel para aprender.
A vida, a mesma que não pede autorização para mudar o rumo dos dias, a que me obriga a manter muito claro o conceito de adaptabilidade, ensina, a quem quer aprender - e eu quero e muito -, que todos os dias que tenho duas escolhas à minha frente:
1. ficar no "conforto" da lamentação de tudo o que não sou ou que não tenho;
ou
2. encher o peito do ar que aprendemos a renovar, arregaçar as mangas, olhar para o novo plano e introduzir novas coordenadas no meu gps.
O ego fala mais alto, mas engana-me. A vida fala mais baixo, mas ama-me. Assim mesmo e com todas as letras.